04/10/2024

O brilho infinito de Gena Rowlands

E lá se foi mais uma das minhas musas na vida, Gena Rowlands. Tinha 94 anos e uma história que muito poucas atrizes hoje podem ostentar. Era uma estrela, no mais alto sentido da palavra, uma intérprete destemida, uma personalidade enérgica e de uma beleza que resistiu ao tempo - até porque não tentou nunca disfarçar a passagem dele.

Lembro-me dela quando a vi de perto, há 18 anos, no Festival de Cannes, em que ela foi protagonizar as então famosas Leçons - e ela tinha muitas lições para dar, embora, de cara, modestamente tenha dito que não tinha nenhuma. Chegou linda, vestida num conjunto bege, os cabelos louros arrumados para trás e um cigarro nas mãos - sua geração tinha nesse pequeno objeto um sinal de emancipação feminina. Falou de sua carreira, de seus papéis ao lado do marido, John Cassavetes, que a dirigiu em filmes inesquecíveis como Faces (1968), Assim Falou o Amor (1971), Uma Mulher sob Influência (1974, meu favorito), Noite de Estréia (1977, que lhe deu um prêmio de atuação em Berlim), Glória (1980), Amantes (1984). Sempre com uma elegância que ultrapassava a aparência: Gena era uma grande mulher e isto explodia por todos os seus poros.

A Academia de Ciências e Artes de Hollywood foi avara com ela, como com muitos outros intérpretes qualificados, nunca lhe entregando um Oscar, ao qual ela foi indicada por Uma Mulher sob Influência e Glória. Na tela, Gena podia tudo: era louca, bandida, amante, esposa, mãe, uma paciente com demência. A toda e qualquer situação e circurstância ela dava consistência, dignidade. Passava pela tela como um cometa, deixando atrás de si um rastro luminoso de vida, de personalidade. Faz uma falta infinita a todas nós que, como eu disse anos atrás, queríamos ser Gena quando crescêssemos. Brilha, brilha no céu, Gena infinita.

As ambíguas emoções da temporada de premiações

Temporada de premiações todo ano é igual. Expectativas, chororô e escândalo para os esnobados. O Oscar 2024 não fugiu à regra, mais uma vez, deixando de fora a diretora Greta Gerwig, a atriz Margot Robbie e o ator Leonardo DiCaprio, para ficar nos mais famosos. A diretora estreante Celine Song também não ficaria mal entre os diretores. Na categoria filme estrangeiro, muitos sentiram falta de Folhas de Outono, a pérola de delicadeza do finlandês Aki Kaurismaki. Também me agradaria ver o turco Ervas Secas, de Nuri Bilge Ceylan nessa corrida.  

Toda essa conversa, confesso, me dá um certo tédio. Premiações são ótimas, é claro, mas trazem consigo isso mesmo, injustiças e omissões. Eu mesma, quando participo das votações anuais dos críticos, na Abraccine e no Festival Melhores Filmes do Sesc, me sinto sempre angustiada. Olho para aquela lista enorme de filmes e nunca me satisfaço com o número de premiados. Dez, pra mim, sempre é pouco. Eu sempre engato um pouco mais.  

Fora que essas listas de melhores filmes, atores, roteiros, etc., tendem a mudar com o tempo. Daqui a um mês, a ordem dos filmes preferidos pode mudar radicalmente. Até porque é o tempo que decide o que assenta no fundo de nossa memória, de nosso sentimento dos filmes a que assistimos. Há titulos que vimos há 20 anos e cujas cenas, inteiras, gravaram em nossas retinas. Outros de que gostamos tanto não resistem à passagem do tempo. Está aí uma coisa que premiação alguma é capaz de garantir, a relevância de uma obra. É muito bom para quem ganha, mas não é garantia de qualidade absoluta. 

O público, no entanto, parece que continua fascinado por essas premiações, ou por suas cerimônias, pelo glamour, ou o que quer que seja. Indicação ao Oscar leva plateias ao cinema e quem sou eu para ser contra isso, ainda mais depois da rebordosa que foi a pandemia. Que venha o público, a sala de cinema ainda é o melhor lugar do mundo para descobrir um filme. O streaming, para recordar, reviver. O importante é que o audiovisual, e suas emoções, sobrevivam

Cannes 2023: muitos filmes e muita irritação

A 76ª edição de Cannes passa à história como uma das mais proveitosas, em termos de filmes relevantes na programação – além de ter garantido a terceira Palma de Ouro a uma mulher, a francesa Justine Triet e seu Anatomie d’une Chute, que chegará a Brasil distribuído pela Diamond.
 
Mas então por que fica a sensação de que foi uma das edições mais cansativas e irritantes de todos os tempos – para mim, que frequento a Croisette como jornalista credenciada desde 2001?
 
A verdade é que o sistema online de reserva de ingressos, obrigatório para todos os credenciados desde 2022 – e que existe em outros festivais, como Berlim e Veneza -, não foi garantia de nada. Mesmo acordando pontualmente todos os dias na abertura do site, às 7h da manhã, não era seguro obter todos os ingressos desejados, ainda que fosse nas sessões exclusivas da imprensa. E, mesmo conseguindo, quem disse que se conseguiria entrar? A pior situação foi na sessão de Strange Way of Life, de Pedro Almodóvar, em que um monte de pessoas sem ingresso foi admitida à sala e gente com ingresso ficou de fora – inclusive a presidenta da Academia de Ciências e Artes de Hollywood, Janet Yang.
 
Depois da enorme confusão desse dia, que assistiu choque de jornalistas com a segurança da sala Debussy – que se comportou como uma verdadeira tropa de choque, gritando e chegando a tirar temporariamente a credencial de uma colega que protestou para entrar - , os outros dias foram de estresse permanente, muito acima do habitual num festival com tantas atrações. Esperava-se a repetição dos incidentes, com a organização do festival fazendo de conta que nada sério estava acontecendo. Resultado: no dia da sessão de Killers of the Flower Moon, de Martin Scorsese, jornalistas faziam fila na calçada duas horas antes do começo da sessão. E debaixo de chuva. Não foi o único caso. As filas se repetiram assim, todos os dias, em todas as salas. 
 
Era para acontecer isso? Claro que não. Supõe-se que o sistema online seja uma garantia de entrada na sala. E que a programação contemple todos os credenciados. Se os jornalistas são 5.000, como se diz, que se encontre um modo de fazer todas as sessões necessárias. Afinal, estamos trabalhando, não espiando os figurinos e falando do glamour. Pelo menos, quase todos.
 
A equipe do Palais du Festival também foi quase toda trocada e, visivelmente, estava desorientada. Isso causou atritos desnecessários com os jornalistas. E, para coroar os trabalhos, na noite da premiação, uma das salas onde a imprensa trabalha e tem acesso a mesas e tomadas, teve seu espaço repentinamente reduzido, com fitas de segurança isolando um corredor e normas de circulação novas e absurdas. Enfim, Cannes 2023 teve muita irritação. Espero que ouçam nossas críticas e ano que vem haja mais paz para trabalhar e pensar naquilo que realmente interessa: os filmes!

Bons sinais de Cannes 2023

Ainda faltam duas semanas para que Cannes divulgue sua seleção completa, ou seja, com os concorrentes à Palma de Ouro e outras atrações.
 
Mas dois filmes de peso já confirmados em première mundial na Croisette animam as expectativas não só dos críticos como dos cinéfilos de respeito – o novo filme de Martin Scorsese, Killers of the Flower Moon, estrelado por Leonardo DiCaprio e Robert De Niro, e a quinta e última aventura de Indiana Jones, Indiana Jones e o Chamado do Destino, de James Mangold.
 
Baseado no bestseller de David Grann, com roteiro de Eric Roth e Martin Scorsese, Killers of the Flower Moon ambienta-se em Oklahoma nos anos 1920 e registra aquela densa mistura entre denúncia e violência que tanto atrai o diretor norte-americano, resgatando o cometimento de uma série de assassinatos contra membros da nação indígena Osage, dona de terras ricas em petróleo, naquilo que ficou conhecido como “Reino do Terror”.
 
Além da exibição de Indiana Jones e o Chamado do Destino, Cannes também vai homenagear Harrison Ford por uma carreira que reúne as cinco aventuras na pele do aventureiro do chicote, além do Han Solo de Star Wars e do Dick Deckard de Blade Runner – todos esses papéis que pertencem à galeria dos personagens que incendiaram a imaginação de gerações. Do alto de seus 80 anos, Harrison bem merece a homenagem!

A vitória da persistência no Cine Ceará

Talvez o maior feito a comemorar no Cine Ceará seja o fato de o festival, resistindo a todas as intempéries que sacodem a cultura brasileira, continuar sendo um festival ibero-americano. A convivência, na tela e nas salas de debates, de brasileiros de várias regiões do país e estrangeiros – este ano, houve até um ator japonês (Masataka Ishikazi) – é a mais perfeita tradução do espírito de troca e empatia de que a arte é capaz.
 
Dos longas brasileiros da competição, mediram-se os estilos distintos do cearense A Filha do Palhaço, de Pedro Diógenes, uma crônica intimista, cheia de afeto e tolerância, sobre o resgate dos laços entre um pai (o extraordinário Démick Lopes, merecidamente premiado como melhor ator) e uma filha adolescente (a estreante Lis Sutter), e o gaúcho O Acidente, de Bruno Carboni, este um mergulho mais distanciado mas, mesmo assim, contundente, nos interesses polarizados pelo atropelamento de uma ciclista (Carol Martins).
 
De quebra, entraram por A Filha do Palhaço paisagens de uma Fortaleza que o resto do país talvez não conheça, mas que foi reconhecida com simpatia pelo público que assistiu ao filme no Cine-Teatro São Luiz – a belíssima sala de 1958 que, apoiada pelo setor público, continua aberta e proporcionando arte na capital cearense, um exemplo que as administrações paulistanas não seguiram, infelizmente, em relação a quase todos os antigos cinemas do centro de São Paulo, fechados, abandonados e sob risco de caírem nas mãos da especulação imobiliária.
 
Houve diálogo entre o vibrante e sensível documentário argentino Inseparáveis/Las Cercanas, de María Álvarez, merecidamente o grande vencedor do festival  com seu retrato de duas irmãs de 91 anos, o cubano Vicenta, de Carlos Lechuga – que trouxe o desempenho impecável da atriz Linnett Hernández, prêmio de melhor atriz – e o venezuelano Meninos de Las Brisas/Niños de Las Brisas, de Marianela Maldonado, outro documentário, este sobre os sonhos desfeitos de jovens estudantes de música. Se todos trataram, cada um a seu modo, de histórias quebradas por um contexto social instável, também trouxeram as nuances que tornaram sua compreensão menos maniqueísta do que a cobertura midiática sobre estes países.
 
Um empenho estético singular predominou na confecção dos outros três concorrentes internacionais, o equatoriano O Invisível/Lo Invisible, de Javier Andrade, o surreal Green Grass, de Ignacio Ortiz, uma inusitada e bem-vinda parceria entre o Chile e o Japão, e o provocativo espanhol A Piedade/La Piedad, de Eduardo Casanova – o filme mais polêmico e divisivo de todo o festival.
 
Se a seleção dos curtas este ano não foi memorável, nem mesmo assim deixou de abrigar títulos de qualidade, como Big Bang, de Carlos Segundo, Infantaria, de Laís Araújo Santos, Alexandrina – Um Relâmpago, de Keila Sankofa, Filhos da Noite, de Henrique Arruda, e Contragolpe, de Victor Uchôa.

Gramado deu conta da diversidade

Com um longa do Acre, Noites Alienígenas, de Sérgio de Carvalho, consagrado como grande vencedor de sua 50ª. edição, o Festival de Gramado olhou mais longe. Na seleção de curtas, uma animação do Amapá, Solitude, de Tami Martins, se não ganhou prêmios, também não perdeu a viagem, ao mostrar, tão longe de seu estado, a maravilhosa diversidade brasileira, que o festival gaúcho acolheu.
 
Não foi menos expressivo que o mineiro Marte Um, de Gabriel Martins, colhesse outros prêmios, entre eles, um Especial do Júri que o distinguiu por “trazer de volta o afeto” e isso num filme de diretor negro, que retrata com tanta ternura uma família negra e trabalhadora de Contagem.
 
A seleção de Gramado em 2022 olhou para a periferia. E isto esteve presente também no paulista A Mãe, de Cristiano Burlan, em que Marcélia Cartaxo desfia o calvário de tantas mães pobres, dos confins das cidades, em busca dos corpos de seus filhos adolescentes, abatidos no insistente massacre policial contra pobres, pretos, periféricos.
 
Entre os curtas, o premiado Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (RJ), injetou coreografias com passinho funk para retratar o universo opressor dos entregadores de aplicativos, esses boias-frias urbanos da modernidade que tantas vezes vemos passar sem enxergar de verdade.
 
Por essas e outras, Gramado teve mesmo uma edição histórica, em que a curadoria olhou para tantos lados de um Brasil tão plural quanto diferente das antissépticas ruas daquela cidade, quase um cenário a céu aberto de tão limpas e decoradas, mas em que o cinema brasileiro tem sido acolhido - com eventuais conflitos na atual polarização - e resistido neste meio século, a tantas amarguras, incertezas e negacionismos. O Brasil é tudo isso e a arte deu conta de mostrar sua força.

Será o ano de Kelly Reichardt?

Aos 58 anos, Kelly Reichardt é uma das grandes diretoras mundiais. Quem não souber ainda disso que atente para títulos como First Cow – A Primeira Vaca da América, O Atalho e sutilezas como Antiga Alegria. Em todos esses filmes, de tons bastante diferentes, Kelly imprime uma marca, sendo capaz de penetrar na existência tanto de personagens masculinos como femininos com a mesma perspicácia e sentimento.
 
Em 2022, todo mundo parece finalmente estar prestando atenção nela. O Festival de Cannes a terá como uma das três diretoras concorrentes à Palma de Ouro, com o filme Showing Up, a quarta colaboração da atriz Michelle Williams com a cineasta, vivendo uma escultora às vésperas de uma nova exposição e uma série de crises coincidentes. Ao mesmo tempo, Kelly será homenageada na abertura da Quinzena dos Realizadores, que exibirá uma sessão especial de O Atalho, no dia 18 de maio próximo. Na ocasião, a diretora receberá o prêmio Carrosse d’Or pelo conjunto da carreira, seguindo-se uma conversa com ela.
 
Antes disso, o Festival de Locarno, que acontece de 3 a 13 de agosto, já havia anunciado uma outra homenagem à diretora, que lá receberá outro prêmio pela carreira, o Pardo d’Onore, além de ter lá exibidos dois títulos:  o mesmo O Atalho e também Movimentos Noturnos. Coincidência planetária ou não, parece ter chegado finalmente a vez de esta diretora magnífica receber o devido reconhecimento. Já não era sem tempo.

Saudades de Lina

Lina Wertmuller partiu nesta quinta-feira (9/12), aos 93 anos e deixou como legado muito mais do que a façanha de ter sido a primeira mulher indicada ao Oscar de direção, em 1975, pelo magistral Pasqualino Sete Belezas, um mergulho doce-amargo nos meandros do fascismo italiano. Ela não ganharia nem esse Oscar, nem o de roteiro original, para o qual foi também indicada, mas isso não a impediu de tornar-se uma grande cineasta, com assinatura e personalidade, que foi assistente de Fellini em sua obra-prima, 8 e1/2 mas saiu-lhe da sombra e percorreu seu próprio caminho.
 
Percorrer seus filmes, desde o primeiro e ainda pouco conhecido I Basilischi (1963), que lhe valeu um prêmio de direção em Locarno, é frequentar um universo com carne, sangue, humor e inteligência. Amor e Anarquia, Por Um Destino Insólito, Dois Perdidos numa Noite de Chuva, todos esses títulos formam parte da melhor herança ficcional da inquieta diretora.
 
As mulheres, como ela bem sabia, mas nunca lamentava, costumam ser invisibilizadas nesta arte, como em outras. Ela preferia continuar trabalhando, produzindo 33 longas em 60 anos de carreira. Seu último trabalho, em 2014, foi um curta documental (Roma, Napoli, Venezia…. in un crescendo rossiniano). Agora, ela ocupa seu merecido lugar no céu de estrelas onde a receberá de braços abertos outro anjo do cinema, Agnès Varda.

Os melhores de 2020, um ano em que vivemos em perigo

Então, chegamos ao último dia deste feroz 2020. A boa notícia é que sobrevivemos, nós que ainda estamos aqui. Bem a tempo de nos lembrarmos dos mais de 190.000 mortos pela covid-19 aqui no Brasil que não mais estão – um minuto de silêncio pra eles. E pra todos os que nos deixaram em 2020, como o Pantera Negra Chadwick Boseman. Wakanda Forever!
 
Mas o que todo mundo espera agora é o balanço deste ano tão atípico, em que as telas de cinema fecharam e os festivais se recolheram às plataformas online – que foram o refúgio das nossas retinas ávidas neste ano cruel e desafiador. Apesar de tudo, houve muitos filmes para ver nos festivais online – que, com o recurso, aumentaram seu alcance e seu público – e no streaming. Não foi tão bom ver tanta coisa nas telinhas da televisão ou do computador, mas o importante é que a arte audiovisual permaneça viva e forte.
 
Então, tem aquilo que todo mundo gosta, lista dos melhores do ano – eu, nem tanto, fico sempre aflita com essas listas, sempre acho que estou deixando algo importante de fora. Mas vamos a elas. Aquilo que mais me apaixonou neste ano em que vivemos em perigo e à flor da pele:
 
Brasileiros
Num ano em que o governo federal fez de tudo para prejudicar os artistas e castigou severamente o cinema nacional paralisando todas as políticas públicas que o mantiveram funcionando, sendo ativo, vigoroso e premiado mundo afora nas últimas décadas – sem contar o criminoso descaso com a Cinemateca Brasileira -, por incrível que pareça, os títulos nacionais foram muitos e muito bons. Aqueles que mais tocaram meu coração e minha cabeça estão aqui (15, como sempre, mais três menções, eu nunca consigo fechar só 10), e que felicidade que oito deles são dirigidos ou co-dirigidos por mulheres:
 
Pacarrete, de Allan Deberton
Sertânia, de Geraldo Sarno
Dentro da minha pele, de Toni Venturi e Val Gomes
Todos os mortos, de Marco Dutra e Caetano Gotardo
Fim de festa, de Hilton Lacerda
Niède, de Tiago Tambelli
O barco, de Petrus Cariry
A febre, de Maya Da-rin
Mulher oceano, de Djin Sganzerla
Três verões, de Sandra Kogut
Maria Luiza, de Marcelo Díaz
Meio-irmão, de Eliane Coster
Alice Junior, de Gil Baroni
 
Menções honrosas: Indianara, de Marcelo Barbosa e Aude Chevalier-Beaumel, Vaga Carne, de Grace Passô e Zona Árida, de Fernanda Pessoa
 
 
Estrangeiros
Aí, selecionei 15, seis dirigidos ou co-dirigidos por mulheres, inclusive uma promissora estreia vinda da Costa Rica (O despertar das formigas), país de produção pequena e que a gente não costuma ver nas telas:
 
Você não estava aqui, de Ken Loach
Amazing Grace, de Alan Elliott e Sidney Pollack
Honeyland, de Ljubo Stefanov e Tamara Kotevska
Corpus Christi, de Jan Komasa
Alice Guy-Blaché, de Pamela Green
O despertar das formigas, de Antonella Sudassassi Furniss
O pai, de Petar Valcharov e Kristina Grozeva
A portuguesa, de Rita Azevedo Gomes
Uma vida oculta, de Terrence Malick
Retrato de uma jovem em chamas, de Céline Sciamma
A voz suprema do blues, de George C. Wolfe
Doce entardecer na Toscana, de Jacek Borcuch
Swallow, de Carlo Mirabella-Davis
Crip Camp, de Nicole Newton e James Lebrecht