22/03/2025
Drama Comédia

Lanchonete Olympia

Jorge é um imigrante tímido que trabalha numa lanchonete lavando pratos. Em casa, ele tem uma estranha relação com um sujeito misterioso. No trabalho, tudo muda com a chegada de uma nova funcionária.

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O drama Lanchonete Olympia focaliza o mundo dos imigrantes, com ênfase nos solitários e tímidos. Escrito e dirigido por Steve Barron (que tem em seu currículo videoclipes da banda A-ha e o primeiro filme protagonizado pelas Tartarugas Ninjas, na década de 1990), o filme fica um tanto travado nos clichês do chamado “cinema independente”.

No centro da narrativa, está um jovem equatoriano que é ultratímido e se expressa mal em inglês, Jorge (Octavio Gómez, de Crash – No Limite). Ele trabalha na lanchonete-título do filme como lavador de pratos. Ele praticamente não conversa com ninguém em seu local de trabalho e é incomodado a todo momento por um colega, Jerry (Aaron Paul, de Missão Impossível 3), que vive provocando-o. Mais tarde, entra em cena a nova garçonete, uma sino-americana chamada Amy (Eugenia Yuan, de Memórias de uma Gueixa).

Jorge mora com um sujeito, que passa o dia todo vendo televisão. Quando o lavador de pratos chega em casa, esse amigo lhe dá conselhos, sempre sugerindo violência para resolver os problemas. A lanchonete está situada em Queens, subúrbio de Nova York, e é um ponto de concentração de imigrantes, de cores, línguas e nacionalidades variadas, fazendo o trabalho que os próprios americanos dispensam. O filme pretende dar voz a esses ‘trabalhadores invisíveis’. Fregueses entram e saem, funcionários brigam e o dono, o grego Ricky (Mandy Patinkin), viaja no feriado de Ação de Graças.

O excesso de personagens e a procura de um multiculturalismo politicamente correto, que insiste na batida mensagem “precisamos entender e conviver com as diferenças”, fazem Lanchonete Olympia parecer o piloto de uma sitcom ruim e sem humor . A espontaneidade de Eugenia Yuan poderia até salvar o filme – mas aí seria peso demais para o charme de uma única atriz, vivendo um papel mal escrito.

A resolução da história, que parece criada por algum psicanalista de botequim, afinal pede ao público aquilo de que o filme abusou até então: muito boa vontade.

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