A franquia conta com oito filmes – fora essa refilmagem –, além de romances baseados nos roteiros e gibis. Neste novo começo, Zombie, que também assina o roteiro, deixa de lado o clima de sugestão da atmosfera do original para dar explicações sobre o comportamento do psicopata Michael Myers (Tyler Mane, do primeiro X-Men). Assim, o que era apenas um prólogo curto sobre a infância do personagem, ganha mais tempo na tela.
Mike é um garoto estranho, sem amigos, filho de uma stripper, vivida pela mulher do diretor, Sheri Moon-Zombie. Ela é a única pessoa a dar atenção ao menino, que sofre abusos da irmã mais velha (Hanna Hall) e do padrasto (William Forsythe), além das outras crianças na escola que zombam dele por causa da profissão da mãe.
Quando se descobre que ele tortura e mata animais, o garoto decide que chegou a hora de por para fora seus instintos e provoca uma matança numa noite de Halloween, poupando apenas a mãe e a irmã caçula. Mandado a um sanatório de segurança máxima, o menino fica sob os cuidados do Dr Loomis (Malcolm McDowell, de A Laranja Mecânica).
Sem obter nenhum progresso, Myers consegue fugir 15 anos depois, e vai para a antiga casa de sua família – agora, um local abandonado. Mais tarde, o psicopata reencontra a irmã, Laurie (Scout Taylor-Compton, de Um Crime Americano), adotada por outra família.
Myers não se contenta em atormentar a irmã e as amigas dela. Novamente, o personagem promove uma matança, poupando apenas Laurie. Persegui-la, usando uma máscara, se torna a obsessão do maníaco.
No original, Jamie Lee Curtis, com 30 anos na época do primeiro filme, assumiu o papel da eterna perseguida e participou de outros filmes da série, inclusive Halloween Ressurreição (2002), que era o último, até a chegada desse remake. Agora, é a vez de Scout Taylor-Compton soltar as cordas vocais enquanto foge do assassino.
No Brasil, Halloween – O Início não foi exibido previamente para a imprensa. Mas nos Estados Unidos, onde estreou em 2007, o longa de Rob Zombie recebeu críticas bem negativas. ‘A literalidade do filme’, diz a resenha da Variety, “não apenas desmistifica a força destrutiva, como levanta questões de lógica que não importavam antes (como por exemplo, como ele ficou tão forte fisicamente se passou 15 anos sentado numa cela?)”.