Jovens titãs em ação! Nos cinemas é um filme indeciso sobre para que público se destina. Com seu colorido vibrante e personagens infanto-juvenis, parece feito para as crianças. Sua mensagem final (a surrada ideia, um tanto conformista, de ser você mesmo para mostrar o seu valor, etc) também funciona mais para os pequenos. No entanto, seu humor é tão específico, tão direcionado aos proficientes, ou, ao menos, aos iniciados do mundo dos super-heróis, que é praticamente impossível que uma criança ache graça em boa parte da animação dirigida por Aaron Horvath e Peter Rida Michail.
Protagonizado por personagens de uma série de desenhos da televisão, o longa traz um grupo de pequenos heróis em busca do reconhecimento – em outras palavras, entenda-se um filme sobre eles. O Super-homem tem, o Batman também, a Mulher-Maravilha admite que demorou, mas também tem o seu – já Lanterna Verde faz uma piada sobre o fracasso do seu longa. Robin, o eterno ajudante do Homem-morcego, aguarda ansiosamente sua estreia como protagonista – mas esta não acontece. Num dos melhores momentos de Jovens titãs, descobre-se que o mordomo Alfred e até o Batmóvel serão estrelas de seus filmes, mas nada sobra para o garoto.
A trama simples serve para que o quinteto – que, além de Robin, inclui Estelar, Ravena, Mutano e Ciborgue – destile uma coleção de piadas e canções pegajosas sobre o sonho de ter um filme para chamarem de seu, enquanto lutam contra um arqui-inimigo, Slade. Algumas das situações envolvem a rivalidade entre DC Comics e Marvel, por exemplo. Em outra, Stan Lee e suas aparições-relâmpago são satirizados em momentos, claramente pensados para o fã-clube.
O filme mira em algo um tanto subversivo como Uma aventura Lego, mas seus resultados são mais modestos. Apesar de não serem ruins, são, obviamente, para um público bastante específico.