22/03/2025
Drama Ação

Bloodshot

Ray Garrison é um soldado americano que é morto por um terrorista. Pouco depois, acorda em um laboratório e descobre que foi ressuscitado por um cientista que o aprimorou por meio da tecnologia. Mas, sem memórias, Ray não é capaz de distinguir a realidade da fantasia.

post-ex_7
Se Bloodshot aspira a ser o primeiro filme de uma franquia, é preciso que a Sony, que o produziu e distribui, torça muito e conte com muita sorte. Uma espécie de sub-Matrix para o século XXI, protagonizado por um Vin Diesel mais sorumbático do que de costume, o longa, dirigido por Dave Wilson, começa relativamente bem até se afundar em todos os clichês e cópias de elementos de outros similares dos anos de 1990, contando com realidade virtual, nanotecnologia e afins.
 
Diesel é Ray Garrison, um soldado americano que, depois de uma missão, é sequestrado por um terrorista (Toby Kebbell), vê sua mulher (Talulah Riley) ser morta na sua frente, sendo depois também assassinado. Mais tarde, ele acorda, sem memórias, e fica sabendo que foi ressuscitado e melhorado por meio da tecnologia, levando agora dentro de si nanopartículas que o tornam mais poderoso e capaz de regenerar partes do corpo.
 
O responsável por isso é o cientista Emil Harting (Guy Pearce), que também é capaz de controlar Garrison e suas outras crias, como KT (Eiza González) e Dalton (Sam Heughan). Assim, podendo entrar na cabeça das pessoas, ele é capaz de criar novas realidades que os levem a agir conforme interesse a ele. Sua ideia é criar um esquadrão de super-soldados.
 
Baseado numa HQ de sucesso dos anos de 1990, hoje, por mais que o gibi fosse original, não tem como não achar tudo derivativo (o embaralhamento entre realidade e fantasia já foi muito mais bem explorado em Matrix, do qual, aliás, aqui, muitos temas são emprestados). Também se torna um tanto enfadonho, especialmente pela direção pouco inspirada de Wilson, a trilha sonora onipresente de Steve Jablonsky e a falta de veia dramática a Diesel, que está mais canastrão do que nunca. Para o suposto começo de uma franquia – o protagonista só assume a famosa aparência da obra original no final do longa –, está muito fraco e pouco empolgante.
post