07/02/2025
Fantasia Desenho animado

Arthur e os Minimoys

Arthur tem 10 anos e vive com a avó, porque seus pais viajam muito. Ele admira muito o avô, que viveu grandes aventuras pelo mundo, mas desapareceu na última delas. Como a casa onde moram corre o risco de ser desapropriada, Arthur vai correr atrás do tesouro escondido por seu avô. Para isso, vai ter de viajar ao reino dos minimoys, elfos bem minúsculos, que vivem embaixo de seu jardim - e, para isso, vai tornar-se um deles.

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Famoso como diretor de filmes de ação e fantasia futurista, como Nikita (1990), O Profissional (1994) – que revelou Natalie Portman ainda menininha - e O Quinto Elemento (1997), o cineasta francês Luc Besson ultimamente voltou-se para o mundo das histórias infanto-juvenis e desenhos animados.

Inspirado numa idéia proposta pelo casal de artistas visuais e quadrinistas Patrice e Céline Garcia, sobre um menino que visita o mundo mágico dos elfos, Besson passou a escrever livros que venderam mais de um milhão de exemplares na França. Baseando-se num destes livros, criou com Céline a história de Arthur e os Minimoys, uma mistura de filme e desenho animado.

Trata-se do primeiro filme de Besson usando animação, o que exigiu que convocasse um especialista em computação gráfica, Pierre Buffin - que trabalhou nessa área em filmes como “A Cidade das Crianças Perdidas, de Marc Caro e Jean-Pierre Jeunet, e na ação histórica Alexandre, de Oliver Stone.

Foi Buffin quem coordenou o trabalho de uma equipe de aproximadamente 200 pessoas, entre técnicos e designers, que por três anos (entre 2002 e 2005) desenvolveram o visual do mundo fantástico dos elfos. Este estágio foi realizado num estúdio em Pantin, nos arredores de Paris, dando origem a um novo pólo de criação fora dos EUA, criando concorrência para estúdios peso-pesados no ramo, como Disney, Pixar e DreamWorks. A produção de Arthur e os Minimoys levou, no total, sete anos, entre a primeira idéia, em 1999, e a finalização, em 2006.

O visual que resultou deste esforço, se não se pode dizer que seja original – afinal, paga seu tributo a inúmeros filmes de fantasia ou animação, como Star Wars, FormiguinhaZ e Os Caçadores da Arca Perdida, entre outros – com certeza é caprichado na técnica e no acabamento em 3 D, na parte de animação. Na parte do filme live action, fica um toque nostálgico, a partir de uma casa que tem um ar anos 40/50.

A história começa com o menino Arthur (Freddie Highmore, de Em Busca da Terra do Nunca), de 10 anos. Ele mora com a avó (Mia Farrow), porque seus pais (Penny Balfour e Doug Rand) viajam muito e o deixam para trás, até mesmo no dia de seu aniversário. Um outro motivo de tristeza é que seu avô, um grande aventureiro por quem o menino tem grande admiração, está desaparecido.

Surge um problema maior porque a casa da avó está hipotecada – e ninguém sabe onde o avô escondeu um grande tesouro em rubis que poderia pagar a conta. Assim, Arthur decide que é hora de tentar decifrar as pistas deixadas pelo avô que levam à riqueza, que estaria escondida em algum lugar no terreno da própria casa.

Para conseguir o que pretende, Arthur vai contar com guerreiros africanos Masai, que aparecem no jardim e vão ajudá-lo a entrar no mundo secreto dos minimoys – pequeniníssimos elfos que são invisíveis a olho nu e vivem num reino embaixo do jardim. Mas, para fazer isso, Arthur também terá de encolher e transformar-se num minimoy.

O reino dos minimoys – onde o avô de Arthur desapareceu – está abalado pelas ameaças do temível Maltazard, que tenta tomar o poder à força. Unindo-se à princesa Selena, Arthur vai viver sua maior e mais perigosa aventura.

Visitando o Brasil para este lançamento na última semana, Luc Besson contou que supervisionou pessoalmente a dublagem em todos os 35 países em que o filme foi lançado, prestando especial atenção às vozes. Embora a dublagem brasileira seja bem-feita, é uma pena que o filme não seja lançado no Brasil também em versão legendada. Entre as vozes originais da versão em inglês, constavam Madonna, David Bowie, Snoop Dog, Robert De Niro, Harvey Keitel e Chazz Palminteri.

O sucesso de Arthur e os Minimoys nas telas francesas garantiu ao menos duas seqüências. Já estão em pré-produção Arthur et la Vengeance de Maltazard e Arthur et la Guerre entre Deux Mondes, com previsão de estréia em 2009 e 2010.<

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