No entanto, o que difere esta produção é um enredo que consegue ser engenhoso por não diferir os bons dos maus. Por meio de reviravoltas na história o espectador é induzido a erros frequentes de interpretação sobre a índole das personagens. Não passam de subterfúgios dos roteiristas, os iniciantes Gregory Bradley e Lee Smith, mas que funcionam de forma competente.
Um outro ponto positivo é o talento dos protagonistas: o astro das artes marciais, Jet Li (Herói e Cão de Briga), celebrado na Ásia e na América; e Jason Statham (Adrenalina e Snatch, Porcos e Diamantes), que desponta cada vez mais em Hollywood, no primeiro time dos atores de ação, mas que sempre parece fazer o mesmo papel. Eles, no fim, são os responsáveis pelo filme dar certo. Na história, Li é o tal Rogue, um assassino profissional mercenário, contratado pela máfia japonesa para eliminar grupos criminosos rivais que atuam nos Estados Unidos. Nesse contexto, Tom Lone e Jack Crawford (Stathan) são agentes do FBI, que combatem essas gangues. Quando seu parceiro é assassinado por Rogue, a mando da Yakuza, Jack parte para uma vingança contra o matador.
Como o desenrolar da ação conta com uma série de reviravoltas, não cabe, aqui, continuar a sinopse. O que pode ser colocado é que o diretor Philp Atwell, acostumado a filmar especiais de rappers americanos, consegue conduzir bem a narrativa, baseando seu trabalho em múltiplas referências do gênero, como Carga Explosiva (de Louis Leterrier, que coincidentemente já dirigiu os dois astros de Rogue) e Brother - A Máfia Japonesa Yakuza em Los Angeles, de Takeshi Kitano. Nada mal para um primeiro filme.