Os alienígenas invasores de corpos estão de volta, agora no Japão. Três deles já chegaram, encarregados da operação para dominar a Terra. A ideia é que este controle aconteça na surdina, mas a primeira aparição alien nada tem de sutil: ocorre quando a garota Akira (Yuri Tsunematsu), usando um uniforme de colégio, entra numa casa e, momentos depois, há sinais de pânico. A mocinha sai com a blusa manchada de sangue, deixando a casa cheia de cadáveres.
Apesar da violência, não é esta a marca de todos os invasores, que incluem os ocupantes de outros dois corpos humanos, um adolescente, Amano (Mahiro Takasuji), e um jovem adulto, Shinji (Ryuhei Matsuda). Shinji está em plena crise matrimonial com Narumi (Masami Nagasawa) e agora começa a comportar-se como se tivesse Alzheimer, não se lembrando de ações simples como caminhar. Amano é um rapaz curioso, que procura por Akira e logo percebe que deve contar com a ajuda de um guia humano apropriado – no caso, um jornalista curioso, Sakurai (Hiroki Hasegawa), que começou a investigar os estranhos crimes cometidos por Akira.
Na verdade, para que a invasão terráquea se complete, os três alienígenas precisam encontrar-se. O jornalista, a princípio cético com a história de Amano, dá-lhe corda para ver o que acontece. Enquanto isso, a mulher de Shinji fica cada vez mais perplexa com o estranho comportamento do marido. As duas histórias, correndo em paralelo – Akira vai reaparecer mais tarde -, fornecem os trilhos por onde caminha a narrativa, que recorre a elementos de ficção científica, terror, romance e comédia de humor negro. Uma mistura bizarra, bem ao gosto do veterano diretor japonês, conhecido no Brasil por Creepy (2016) e Para o Outro Lado, este premiado na seção Un Certain Regard em Cannes 2015.