13/12/2024
Drama espírita

Divaldo - O mensageiro da paz

Desde a infância, o pequeno Divaldo conversa com espíritos, mas ninguém acredita nele. Após conhecer uma médium que o cura de um problema nas pernas, causado pelo espírito do irmão, ele se muda para Salvador e começa seus estudos do espiritismo. Nessa trajetória, duas figuras o acompanham: uma mulher que sempre o ajuda e se torna sua mentora e um homem vestido de padre que o atormenta.

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Com Divaldo – Mensageiro da Paz mais um líder espírita ganha uma cinebiografia que prega apenas para os convertidos pois como, Kardec e Chico Xavier, é um filme feito com intuito exclusivo de enaltecer a vida e trajetória do biografado, eliminando qualquer contradição mais profunda que possa existir  em sua vida, carreira e obra.
 
Escrito e dirigido por Clovis Mello, o que o filme tem de melhor é Guilherme Lobo no papel do médium e filantropo em seus anos de formação, quando está descobrindo sua mediunidade e aprendendo a lidar com ela. Quando Bruno Garcia assume o papel, ele já é o famoso médium Divaldo. Então, o longa assume toda a pompa que o cinema usa (mal) quando quer lidar com uma figura ilustre.
 
Antes disso, Divaldo é um filme interessante porque está mais focado no lado humano do protagonista que, no interior da Bahia, tem as primeiras manifestações de seu poder de conversar com os espíritos. A sua família é católica, mas não muito fervorosa, até que sua mãe (Laila Garin) abandona a Igreja quando um padre se recusa a rezar uma missa pela filha dela que se matou. Nessa mesma época, Divaldo conhece uma médium, Laura (Ana Cecília Costa, como sempre ótima), que o ajuda a se curar de um problema nas pernas. O diagnóstico: o espírito do irmão mais velho, que morreu pouco antes, não o deixava andar.
 
Laura será uma figura fundamental na formação de Divaldo, quando o abriga em sua casa em Salvador e o leva ao seu grupo espírita, com o qual ele fará estudos e participará de sessões. É na capital baiana, quando professor, que o rapaz conhecerá Nilson (Bruno Suzano), um amigo que o acompanhará pela vida toda. Quem o acompanha também o tempo todo é um espírito do mal que o persegue. Vestido de padre, pálido e com olheiras – interpretado por Marcos Veras –, esse sujeito assombra o protagonista desde sua infância.
 
Acompanhamos de maneira quase episódica os acontecimentos na vida de Divaldo que, auxiliado por um espírito-guia (Regiane Alves), se tornará a figura conhecida que profere palestras por todo o mundo. É uma história contada para quem já a conhece, para quem segue a carreira de Divaldo Pereira Franco. Para os demais, o filme pouco ilumina o biografado. 
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