04/10/2024
Religioso Drama

Barrabás

Condenado à crucificação, Barrabás recebe uma segunda chance quando Pôncio Pilatos pergunta a uma multidão quem eles querem libertar: ele ou Jesus. Liberto, ele acompanha a morte e a ressurreição de Cristo.

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A produção russa Barrabás tem uma proposta interessante: contar a morte e ressurreição de Cristo pelo ponto de vista do assassino que escapou da crucificação quando o povo escolheu libertá-lo e deixar que Jesus morresse. Isso, no entanto, é mero chamariz do filme que, em poucos minutos, logo cai nos lugares mais comuns das adaptações bíblicas.
 
Dirigido por Evgeniy Emelin, o longa tem uma narrativa confusa que deixa de lado a Bíblia e cria sua própria verdade – o que não é problema, afinal, tudo é ficção, mas é preciso coerência e coesão internas para que um filme funcione. E isso tudo passa longe aqui, assim como a falta de atenção à continuidade.
 
Aqui, Barrabás (Pavel Kraynov), matou um homem para defender a honra de Judite Iscariotes (Regina Khakimova), a bela irmã de Judas que seduz a todos. Renegado por ela, e depois de saber que foi responsável pela morte do messias, o protagonista perde um pouco de sua razão, assim como o filme perde o interesse. Ele anda de um lado para outro e acompanha passagens famosas da Bíblia, como a morte e ressurreição de Jesus.
 
O diretor não se dá ao menor trabalho de evitar que a jornada seja enfadonha ou sem muito nexo, além de permeada por um misticismo visualmente cafona. O resultado é o tipo de filme que nunca justifica sua existência, muito menos o motivo de ocupar uma sala de cinema quanto tantos outros, comprovadamente melhores, jamais conseguem chegar ao circuito. 
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