21/05/2024
Crime Ação

Legado Explosivo

Tom Dolan fez uma carreira roubando bancos de pequenas cidades. Mas sua namorada lhe dá um ultimado e exige que ele adote uma vida honesta. Ele resolve entregar-se ao FBI junto com o dinheiro. Mas cruza o caminho de dois agentes desonestos e ambiciosos.

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Por qual nome atende a mais nova extravagância cinematográfica protagonizada por Liam Neeson? Legado Explosivo. Mas poderia ter qualquer outro nome genérico, seguindo as sequência involuntárias de filmes estrelados pelo ator irlandês desde que adotou essa nova persona de herói de ação, a partir de Busca Implacável (2008). Em mais de uma década, ele refez o mesmo longa com resultados variados. A nova empreitada não é diferente, mas está entre as piores.
 
Como se tornou costume, em praticamente todos há uma imagem de Neeson apontando uma arma – o que torna impossível a tarefa identificar de qual filme é. Aqui, ele é Tom Dolan, um ladrão de bancos que resolve se tornar honesto, depois de passar as últimas quatro décadas roubando instituições de cidades pequenas sem usar da violência. Sua mais nova paixão, Annie (Kate Walsh), obriga-o a abandonar essa vida.
 
Ele poderia simplesmente devolver o dinheiro anonimamente para a polícia, mas ele realmente assumiu essa ideia de honestidade e quer se entregar, pois imagina que isso diminuirá sua pena. Para seu azar, dois agentes do FBI, Nivens (Jai Courtney) e Hall (Anthony Ramos), preferem ficar com o dinheiro e armar um plano para incriminar Tom.
 
Segue a rotina de sempre, protagonizada por um Neeson de 68 anos que parece ter 30, com perseguições, tiroteios e pancadas. Ele é, claramente, eficiente naquilo que faz, do contrário não estaria se sustentando com esse tipo de personagem por tanto tempo. Mas dá uma pontinha de saudade de o ver num papel melhor, que desafiasse mais suas habilidades dramáticas do que físicas – algo como o personagem de As Viúvas, e lá se vão mais de dois anos.
 
A direção de Mark Williams – do terrível Um homem da família, protagonizado por Gerard Butler – não é muito criativa, mas também não tinha muito o que inventar num roteiro com tantos clichês. Ela está a serviço das correrias e pancadarias, permeadas por uma história de amor insossa que serve como desculpa para a mudança de comportamento de Tom.
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