Lupe é uma escritora de sucesso, vivendo uma crise pessoal e profissional. Sem inspiração para um novo livro, já prometido à editora, ela encontra inspiração em histórias em torno da devoção ao Sagrado Coração de Jesus. O filme registra também uma parte documental, com diversas entrevistas, em torno deste culto católico.
- Por Neusa Barbosa
- 08/03/2022
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Produção espanhola o filme tem direção dividida entre Andrés Garrigó e Antonio Cuadri, este último para dar conta da parte ficcional de uma história religiosa, alegadamente baseada em fatos reais.
É o tipo do filme que visa um público bem específico, católicos devotos do Sagrado Coração de Jesus que, a partir dele, podem familiarizar-se com aspectos da própria história desta devoção, que teve início na França do século 17, a partir das visões da irmã Margarida Maria Alcoque, depois canonizada.
O enredo coloca em paralelo diversos episódios do culto ao Sagrado Coração, incluindo entrevistas, em Valladolid, Espanha, no Equador e também no Brasil - onde o Cristo Redentor carioca faz parte dessa devoção - e uma ficção em torno de Lupe (Karyme Lozano), uma escritora em crise.
Na história de Lupe, não faltarão eventos edificantes, como seu reencontro com o pai, que desaparecera de sua vida há mais de 20 anos, encetando o tema da reconciliação e do perdão. Ao mesmo tempo, ela encontra inspiração para um novo livro justamente a partir das histórias do Sagrado Coração.
Nada contra temáticas humanas como estas, ainda mais em tempos tão difíceis. Mas o arcabouço do filme é por demais esquemático para afirmar-se como um cinema de maior empenho ou qualidade. Assim sendo, não pode aspirar mais do que a ser uma pregação para os já convertidos.