Embora a estrela de Lilo, Lilo Crocodilo seja o réptil-cantor do título, é inegável que Javier Barden rouba a cena do longa infantil como um aspirante a artista – ele faz de tudo, de mágica a número musical . Chamado Hector P. Valenti, ele descobre o animal ainda filhotinho e tenta tornar-se famoso fazendo uma dupla com ele.
Partindo da série de livros homônimos de Bernard Waber, que começaram a ser lançados em 1962, o longa é diversão para o público infantil com suas músicas pegajosas, colorido vibrante e personagem fofinho que canta e dança. Quando Hector encontra Lilo, acredita que, finalmente, sua hora chegou. Mas, no palco, o crocodilo trava e seu dono é obrigado a cair na estrada, em busca de outros trabalho, deixando-o no sótão de seu apartamento, mas prometendo voltar em breve.
Meses depois, no entanto, uma nova família se muda para o apartamento e Lilo é descoberto pelo adolescente Josh (Winslow Fegley), que acaba de se mudar para Nova York com seus pais, um professor de matemática (Scott McNairy) e uma autora de livros culinários (Constance Wu).
Lilo e Josh se tornam amigos, e juntos vão lidar com seus medos e amadurecerem. O filme subverte o clichê do humano cantor que doma uma animal com a música, e mostra o crocodilo transformando a vida do rapaz com suas canções. E colocar um predador assustador como um cantor doce e fofinho é também uma tremenda ideia para trabalhar com a aceitação das diferenças e também de uma família pouco convencional.
Os efeitos que criam um Lilo animado em meio aos atores e atrizes reais são muito bem-feitos. A direção de Josh Gordon e Will Speck privilegia o lúdico da história e dos personagens, sem nunca se distanciar do mundo real. E colocar Crocodile Rock, de Elton John, na trilha, é uma baita de uma sacada.