Gemini - O planeta sombrio é mais um daqueles casos inexplicáveis que chegam ao circuito de cinema brasileiro. Um filme que, no máximo, deveria ir direto para streaming ocupando salas é impressionante. A ficção científica russa falada em inglês (!) não tem uma qualidade que a redima – e não é nem ruim a ponto de ser divertida.
Dirigido por Serik Beyseu, trata-se de um derivativo em vários sentidos, pegando um pouco de vários exemplares do gênero muito mais bem-sucedidos, juntando tudo num amálgama disforme que alguns chamam de filme. Como de praxe, a Terra está destruída e com os dias contados, por isso uma espaçonave é enviada para explorar um planeta, chamando TES, uma possibilidade para a humanidade se estabelecer.
A equipe usará uma tecnologia alienígena descoberta na Terra, que foi usada para torná-la habitável milhões de anos atrás. Algo na viagem dá errado, e a nave vai parar em outro lugar no espaço. Isolados na nave, a claustrofobia e a paranoia só aumentam.
Pense em Alien, Enigma do Horizonte, e tantos outros do mesmo gênero. Gemini: O planeta sombrio toma partes e elementos de cada um, mas sem as qualidades ou originalidade. Beyseu não é bom na direção de cenas de ação, nem na criação de suspense. O elenco é mediano, assim como os efeitos e os valores de produção. O único mistério mesmo é como esse filme conseguiu encontrar seu caminho para as salas de cinema no Brasil