De cara, vamos ao que interessa: os megatubarões (sim, no plural) são assustadores e impressionantes. As criaturas jurássicas estão de volta, assim como os humanos que não foram devorados no primeiro filme. E o que é melhor, sem querer entregar muito, os animais não estão sozinhos. De “tubarés” (uma mistura de tubarão com jacaré) a outros seres carnívoros e com muita fome.
Basicamente, é isso que interessa em Megatubarão 2, dirigido por Ben Wheatley, um nome originário do cinema independente e bastante inesperado para essa produção, mas que é eficiente dentro da medida para um filme que já vem relativamente pronto. Não há muito o que inventar aqui, não há, exatamente, um jeito de deixar uma assinatura autoral. Mas quem se importa?
Há uma trama – assinada por Jon Hoeber, Erich Hoeber e Dean Georgaris, a partir do livro de Steve Alten, autor da série de 7 romances sobre megatubarões, com o oitavo previsto para o próximo ano – que pouco importa, e talvez seja mais elaborada do que merece, mas, enfim, ela existe, embora seja apenas um pretexto para colocar os megatubarões devorando gente. E nela o piloto de submarino Jonas Taylor (Jason Statham), trabalha com um grupo de biólogos especializados em tubarões, que precisa ir às profundezas do oceano, para além da zona chamada termoclina.
Para chegar lá, primeiro, é preciso passar por alguns megatubarões. Mas o cientista e inventor Jiuming (Jing Wu) criou um submarino especial para essa tarefa. Divididos em dois deles, o grupo vai até lá, e, depois de alguns percalços, quando chegam nas profundezas do oceano, descobrem algo inesperado: há um grupo explorando ilegalmente metais preciosos.
O que segue, então, na trama desafia a lógica e as possibilidades humanas. Mas realismo não é mesmo um dos interesses da franquia, por isso o jeito é se deixar levar pela fantasia ensandecida do longa, que, com quase 2h de duração, não tem um minuto de tédio.