Coprodução entre Espanha, Panamá e Brasil, Pessoas Humanas é um suspense com boas intenções sobre um tema muito sério, o tráfico de órgãos humanos, mas nunca alcança a magnitude da questão que pretende tratar.
Dirigido por Frank Spano, que assina o roteiro com Pedro García Ríos, o longa tem como protagonista James (Luis Fernández), um colombiano que se instalou nos EUA, onde trabalha para um chefão do crime organizado que precisa de, como ele mesmo diz, “um fígado rosado e saudável”. De volta a Medelín, James se depara com a realidade violenta de seu país, e memórias de um passado, também violento, emergem em sua vida.
Supostamente baseado em histórias reais, mas com cara de lendas urbanas, Pessoas humanas lida com o roubo de órgãos de uma maneira quase despreocupada. Pessoas são dopadas, órgãos extraídos e, quando acordam, há um bilhete dizendo para ligar para a polícia.
O Brasil, por sua vez, é representado no filme por Roberto Birindelli, ator uruguaio que se radicou aqui e que interpreta uma figura misteriosa do passado do protagonista, e também pelos produtores Beto Rodrigues e Tatiana Sager, pelo ator Fernando Muniz, pelo técnico de som Márcio Câmara e por Kiko Ferraz, que assina a finalização do som.
