As famosas crianças João e Maria estão de volta, e, novamente, perdidas na floresta, mas com uma roupagem brasileira nessa animação de Arnaldo Galvão, roteirizada por Flavio de Souza e protagonizada por ratinhos. É algo inusitado, mas o colorido vibrante e o ritmo ágil não escondem que é um filme para o público infantil, que deve dialogar muito bem com o longa.
João (dublado por Danilo Dini) e Maria (Beta Cinalli) são crianças do seu tempo, elétricas, não param um segundo, com brincadeiras e artes, numa vida bem modernosa com o pai (Sidney César) e a mãe (Rita Almeida). Até se descobrir que, por trás do verniz da esperteza, os pais são negligentes, pouco se importam com os filhos, não pagam o aluguel há anos e estão prestes a ser despejados. Assim, os pais planejam mandar os filhos para um reformatório.
É aí que as crianças fogem para a floresta, onde encontram Brunette Star (Claudia Victória), uma influencer que lhes promete fama e fortuna. Como se sabe da história original dos irmãos Grimm, certas coisas não são exatamente como parecem. A bela estrela não se parece em nada com a imagem que a dupla de ratinhos fazem de uma bruxa, mas, nesse sentido, o filme segue de perto o original.
Tocando em temas como negligência parental e fama na era das redes sociais, por trás do colorido sólido Fabulosos João e Maria levanta discussões relevantes para o presente, além, é claro, de criar personagens fofos e divertidos.
Leia a entrevista do diretor Arnaldo Galvão.