20/03/2025
Ação

Blindado

James e seu filho Casey trabalham transportando dinheiro de bancos num carro-forte. Porém, quando são pegos numa emboscada no meio do caminho, eles se refugiam na parte de trás do veiculo, e tentam sobreviver aos ataques de uma gangue de ladrões.

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Os parcos 89 minutos de Blindado parecem infinitos sob a direção de Justin Routt, cujo filme transita entre cenas ruins de ação e suspense e imagens genéricas de lagos e outras paisagens que nunca fazem sentido estarem ali, a não ser para espichar a duração. 

Sylvester Stallone, que raramente faz vilões na tela, parece estar ali a contragosto. Sua presença talvez deva ser algum contrato mal lido, ou alguma chantagem – jamais saberemos. Mas, visivelmente, ele faz pouco e mal feito, e mal mexe a boca para falar. Dizer que seu vilão, Rook, é caricato chega a ser um elogio num filme marcado por personagens que nem conseguem chegar à caricatura de tão rasos e sem sentido que são.

O conceito original: pai (Jason Patrick) e filho (Josh Wiggins),, dirigem um carro blindado, transferindo dinheiro de banco e uma carga ainda mais preciosa que eles desconhecem. Eles caem numa emboscada numa ponte, organizada pela gangue de Stallone, e depois de uma série de pequenos incidentes, pai e filho conseguem se refugiar dentro da parte de trás do carro blindado, onde, supostamente, estão protegidos. Mas só que não, é óbvio.

Ex-policial, James (Patrick) chegou ao fundo do poço depois da morte de sua mulher num acidente pelo qual ele se culpa. O filho, Casey, que era criança na época, hoje é adulto, casado e espera um filho com sua mulher. Apesar de comandar reuniões do AA, o patriarca ainda bebe e não é pouco. É estranho que o filho, que convive com ele o dia todo no trabalho, não perceba isso. Mas essa é só umas uma das coisas sem sentido em Blindado, que em seus créditos traz os nomes de 18 pessoas como produtores. 

Preso na emboscada na ponte, o carro-forte recebe tiros e bombas, mas nada acontece com ele, nem tampouco nada disso chama a atenção da polícia local ou de alguma outra pessoa. Estranhamente, o pequeno caminhão que carrega alta quantia de dinheiro não possui um GPS de rastreamento, ninguém percebe que o veículo não chegou na hora ao local onde era esperado. 

Os vilões do lado de fora tentam de tudo para abrir o carro e recuperar a carga que lhes interessa, enquanto pai e filho, fechados na claustrofobia, tentam proteger suas vidas. Eles sabem que não sairão vivos se simplesmente entregarem a carga. Tudo isso seria um bom pretexto para o inábil diretor Routt fazer umas estripulias, mas ele está preocupado demais em escolher uma trilha sonora majoritariamente de músicas country e ruins do que fazer um filme propriamente dito. 

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