Bella finalmente se casa com Edward e se entrega a ele. Os dois passam a lua de mel no Rio de Janeiro e se tornam pai de uma garotinha. Mesmo assim o lobisomem Jacob não consegue esquecer sua amada.
17/11/2011
Enfim, chega às telas o tão aguardado casamento entre Bella Swan (Kristen Stewart) e o vampiro Edward Cullen (Robert Pattinson), protagonistas da bem-sucedida tetralogia escrita por Stephenie Meyer. Aguardada, diga-se, para o público cativo dos livros (adolescente), que se apinha nas filas do cinema para ver as bodas do casal.
A infelicidade fica para o lobo Jacob Black (Taylor Lautner), que até então fazia as vezes do outro, num triângulo amoroso. Mas o envolvimento direto desses três ainda está longe de ter um fim, como mostra a primeira parte da Saga Crepúsculo: Amanhecer, último livro, que estreou no Brasil comrecorde de bilheteria (1,8 milhão de espectadores), batendo até a conclusão de Harry Potter.
Desta vez, o que dá o tom da trama é a perigosa gravidez de Bella. Uma gestação de risco porque, afinal,o feto é um vampiro e a mãe pode não suportar as mordidas dentro de sua barriga. Simples assim.
A situação, inédita para todos os envolvidos, cria um segundo problema: o clã de lobos, com quem os vampiros têm um acordo de não-agressão, vê na morte da jovem uma quebra de contrato e no nascimento do bebê, uma aberração. Sobra para Jacob se impor a sua tribo, mesmo sendo contra o casamento e ainda mais sobre a possibilidade de tornar Bella uma vampira.
Dirigido por Bill Condon (Dreamgirls), Amanhecer tem um apelo a mais aos brasileiros, por ter sido o país escolhido para as filmagens da lua-de-mel do casal. Basta ouvir os gritinhos das fãs na sala de cinema ao verem o ator Robert Pattinson se esmerar no português para chegar à mesma conclusão.
Como era de se esperar, a melhor cena é, sem dúvida, a do casamento. Há uma decisão acertada de manter o humor em praticamente toda a cerimônia. Mas, para rir, o espectador deve obrigatoriamente ter passado a mão nos livros anteriores para entender as referências.
Um exemplo é o brinde de Emmett Cullen (Kellan Lutz), ao dizer que é melhor Bella ter dormido bem nos últimos 18 anos, pois não irá mais dormir. Enquanto Charlie (Billy Burke), o pai da noiva, vê no comentário uma gracinha de fundo sexual, o público ri ao lembrar que vampiros, pelo menos os de Stephenie Meyer, não dormem.
Chamam a atenção, no entanto, as atuações medianas do trio de protagonistas, que estão longe de demonstrar uma veia dramática mais robusta. O público parece não ligar muito para isso, seja por falta de referências, seja porque a história está toda ali mesmo, da carga emocional açucarada aos diálogos um tanto cafonas e à beleza dos interpretes.
Para a conclusão desta história, que chega aos cinemas em 2012, ainda haverá muitos vilões a aparecer e dramas para solucionar na vida de Bella, Edward e Jacob. O que, claro, promete mais um recorde de bilheteria.
Rodrigo Zavala