O documentário brasileiro Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, de Bárbara Paz, foi selecionado para o 76º Festival Internacional de Cinema de Veneza. O longa participará da mostra Venice Classics, que reúne documentários sobre cinema ou sobre autores de hoje ou do passado. O festival italiano acontece de 28 de agosto a 7 de setembro.
O filme traça um paralelo entre a arte e a doença do cineasta Hector Babenco, revelando medos e ansiedades, mas também memórias, reflexões e fabulações, num confronto entre vigor intelectual e a fragilidade física que marcou a vida do diretor argentino, radicado no Brasil.
A produção marca a estreia da atriz Bárbara Paz como produtora e diretora de um longa-metragem.“O filme é um poema visual, minha ode para Hector. É também minha despedida para ele. A partir dos meus olhos se revelam o homem interior e seu amor pelo cinema, amor este que o ajudou a manter-se vivo por tantos anos. Ele morreu bem como viveu, filmando até o fim” comenta Bárbara.
Coproduções brasileiras
Fora isso, estão na competição oficial em Veneza duas coproduções brasileiras, produzidas por Rodrigo Teixeira, da RT Features - Wasp Network, do francês Olivier Assayas, e Ad Astra, do norte-americano James Gray.
Baseado no livro Os Últimos Soldados da Guerra Fria, do autor brasileiro Fernando Morais, Wasp Network é uma coprodução Brasil/França/Espanha, que traz no elenco Penélope Cruz, Edgar Ramirez, Gael García Bernal e Wagner Moura. Já Ad Astra tem seu elenco encabeçado por Brad Pitt, ao lado de Donald Sutherland e Tommy Lee Jones, e reconta a viagem de um astronauta em busca de seu pai. Este filme tem estreia brasileira prevista para 26 de setembro.
Realidade virtual
Outro título brasileiro é A Linha, de Ricardo Laganaro, incluído na programação de realidade virtual e que tem a voz do ator Rodrigo Santoro.