De início, Turistas dá a idéia de que vai mostrar o Brasil como um paraíso tropical sem grandes problemas, onde os jovens gringos vão encontrar belezas naturais, diversão e muita gente bronzeada e bonita. Um grupo de jovens se aventura de ônibus pela costa brasileira em busca de diversão e muita praia. Depois de um contratempo, eles acabam conhecendo um grupo de ingleses que, como eles, estão meio perdidos. As confusões geográficas do roteiro, aliás, são alguns dos maiores absurdos do filme.
Todos os turistas acabam indo descansar num bar próximo a uma praia, onde decidem passar a noite. Quando acordam no dia seguinte, descobrem que alguém roubou suas bagagens, passaportes e dinheiro. Para piorar, acabam atraindo a antipatia de moradores locais e acham que podem confiar num sujeito chamado Kiko, que os leva para uma casa, supostamente segura, no meio da mata.
De seguro, o local não tem nada. Uma série de pistas dá a entender que algo de muito estranho acontece naquela casa. Quando a grotesca verdade vem à tona, Turistas tenta fazer um discurso político de que os latinos estariam cansados dos visitantes gringos e querem algo bem mais valioso do que o seu dinheiro – seus órgãos.
Sem nomes famosos no elenco – que traz Melissa George, da série Alias -, simplista e trazendo algumas cenas violentas e grotescas, o filme só deve ter alguma atenção de adolescentes interessados a compará-lo com o terror Albergue, que tem uma história meio parecida mas se passa na Eslováquia.