Betse, com larga experiência como curta-metragista, contou com a ajuda do escritor José Roberto Torero, que se encarregou do roteiro, e do irmão, o ator Marcos Palmeira, que faz uma ponta hilária como um jogador de futebol de Brasília que espera ser descoberto por um clube europeu e acaba sendo vendido para um time da Bolívia. Sílvia Buarque consegue exercitar uma inesperada veia humorística no papel de uma violinista da Orquestra Sinfônica de Brasília que sonha em encontrar o príncipe encantado, depois de um casamento fracassado com um banqueiro corrupto. Por se passar em Brasília, o filme brinca o tempo inteiro com a relação da cidade e seus cidadãos com o poder e as falcatruas sempre em evidência.
Louise e a empregada, Luzia (Dira Paes), nasceram no mesmo dia na capital federal e querem superar relacionamentos negativos do passado com o encontro de um novo amor. Ao ouvirem o horóscopo, num programa popularesco de rádio, ficam convencidas de que chegou a hora da felicidade. Louise acredita que o homem em questão é o maestro sueco Helstrom (o inglês Mark Hopkins), que rege a orquestra na qual trabalha. Por isso o convida para um almoço em sua bela casa.
Luzia, que prepara uma feijoada para a patroa e seus dois filhos, é forçada a sair de cena para que Louise asse sozinha um salmão congelado. Mas os precários talentos culinários da concertista obrigam-na a recorrer a Luzia, convencendo-a de que ambas poderão ter uma vida muito melhor na Suécia, ela como patroa e Luzia como empregada. Mas esse pouco já é muito para a empregada, que quer se ver livre do namorado, Bugre, um jogador de futebol decadente que vive tungando seu dinheiro.
Os planos de Louise começam a ir por água abaixo quando, no horário do almoço, além do ilustre convidado, chegam inesperadamente Flávio (Murilo Grossi), seu ex-marido, e Bugre. O maestro, entupido de caipirinhas, começa a arrastar tropegamente as asas para a empregada e Bugre se encanta com a violinista. Nesse almoço tumultuado, a vida de todos sofrerá uma grande reviravolta.