08/02/2025
Policial

Linha de ação

Policial processado por uma morte, Billy Taggart deixa a força e se torna detetive. O prefeito de Nova York, que o ajudou em seu processo, retorna à sua vida anos depois, pedindo sua ajuda numa investigação, no momento em que tenta a reeleição.

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Pode ser que Mark Wahlberg, protagonista e produtor de Linha de ação, tivesse em mente ressuscitar o bom e velho charme dos detetives ao interpretar um deles, Billy Taggart. Mas muita, muita coisa não deu certo neste que é o primeiro roteiro de Brian Tucker, dirigido por Allen Hughes – que dirigiu com o irmão, Albert, filmes como Do Inferno e O Livro de Eli.
 
Pode ser até praga do irmão ausente, quem sabe. O fato é que o filme começa atrapalhado, livrando a cara de Taggart, ainda policial, de um incidente envolvendo uma morte. Seus protetores, o prefeito de Nova York, Nicholas Hostetler (Russell Crowe) e o chefe de polícia Carl Fairbanks (Jeffrey Wright), vão aparecer mais tarde – para cobrar a conta, especialmente o prefeito.
 
Alguns anos depois, Taggart, agora um detetive particular, é chamado por Nicholas para seguir sua mulher Cathleen (Catherine Zeta-Jones), que o estaria traindo. Por trás da trama aparentemente marital, há sujeiras de uma campanha eleitoral pegando fogo, agora que Hostetler disputa sua reeleição contra um novato, o vereador Jack Valliant (Barry Pepper).
 
Mesmo com algumas mortes pelo caminho, nunca se consegue criar genuinamente tensão neste policial em que as peças não encaixam, não há nem heróis nem vilões convincentes, ironia muito menos. Até a bela namorada do detetive, Natalie (Natalie Martinez), some no meio da história e não volta nunca mais, sem explicação. Esperta mesmo foi ela, num filme que é uma verdadeira canoa furada.
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