Depois de ser salva pelo cavaleiro de Sagitário, Aiolos, a reencarnação da deusa Atena na Terra, Saori, cresce sobre a proteção do bilionário Mitsumasa Kido. Consciente do perigo que a menina corre, chama os cavaleiros de bronze Seya, Shun, Yoga, Shiryu e Ikki para protegê-la do mestre do santuário de Atena, que a chama de impostora.
- Por Rodrigo Zavala
- 08/09/2014
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Na década de 1990, a extinta TV Manchete começou a transmitir uma série japonesa chamada no país de Cavaleiros do Zodíaco, baseado no manga de Masami Kurumada. Violento e inicialmente um tanto confuso, o enredo misturava astrologia e mitologias grega, nórdica e japonesa para contar a história de guerreiros que lutavam pela deusa Atena na Terra. O sucesso foi tão extraordinário quanto os poderes dos cavaleiros. Os novos fãs a partir de então puderam acompanhar as aventuras de Seya (Pegasus), Shun (Andrômeda), Yoga (Cisne), Shiryu (Dragão) e Ikki (Fênix) em nome de sua deusa, contra uma série de inimigos: o mestre do santuário, Poseidon, Odin e, por fim, Hades. Além dos filmes, nos quais enfrentaram outros deuses, incluindo aí o enigmático capítulo Prólogo do Céu (2004) e spin-offs para a TV, como Lost Canvas (2009).
O que estreia, agora, nos cinemas é uma versão repaginada (pela primeira vez a animação é produzida em computação gráfica), baseada na Saga do Santuário (1986 – 1988), o início de tudo. Um plano ambicioso, já que a história foi contada originalmente na TV em nada menos que 73 capítulos. E de fato o roteiro mudou consideravelmente os caminhos, mas não a linha de chegada. Na nova lenda, o santuário de Atena (originalmente na Grécia) fica em outra dimensão. Lá, o seu mestre tenta matar a reencarnação da deusa, que é salva por Aiolos, o cavaleiro de Sagitário. Quando o herói chega a Terra agonizante, ele entrega o bebê e sua própria armadura para bilionário Mitsumasa Kido, que a cria sob o nome de Saori.
Não fica claro como os cavaleiros de bronze (Seya, Ikki, Shun, Yoga e Shiryu) são cooptados por Kido para proteger Saori (diferentemente do que ocorre nos quadrinhos ou na série televisiva). Ou como o Mestre do Santuário nunca notou que o bebê estava vivo (já que emana poderes de deusa). Mas o fato é que Saori cresce, sem saber de sua condição. Ao completar 16 anos, é vítima do segundo atentado à sua vida e precisa ir ao santuário com seus cavaleiros de bronze (aparentemente contratados por Kido) para enfrentar o vilão e reinar na Terra como Atena. E lá vão eles enfrentar os 11 cavaleiros de ouro, nomeados segundo os signos do zodíaco (Aiolos, de sagitário, morreu anos antes).
O reducionismo da história é um tanto perturbador para quem acompanhou a saga dos cavaleiros, que já deve se acostumar com o novo formato em computação gráfica (apesar de competente). Com uma narrativa fragmentada e com omissões gritantes, não deixa de ser uma animação confusa para quem não conhece os personagens anteriormente. Os Cavaleiros do Zodíacos, por seu sucesso, mereciam mais.