Os poetas do céu do título do documentário do mexicano Emilio Maillé são os técnicos e técnicas que desenham, produzem e executam espetáculos com fogos de artifício. Este é um longa de tema inusitado, mas também capaz de captar belas imagens dos espetáculos pirotécnicos em cinco países, entre eles, o Brasil.
O país é representado pelo Ano Novo, no Rio de Janeiro, na virada de 2016 para 2017, em Copacabana. O longa acompanha os cuidados das montagens, assim como na execução, para evitar acidentes. De grandes espetáculos caríssimos a pequenas festas religiosas iluminadas pelos fogos, o documentário não faz distinção, dá a mesma a atenção e praticamente o mesmo tempo.
Maillé está interessado mais nos fogos mesmo, no espetáculo de cores e luzes que estampam os céus como em Hong Kong (Ano Novo Chinês, em 2017), Havana (Celebração a Santa Bárbara/Xangô, em 2016), Santa Martha Acatitla, no México (Festa Pastoral, em 2017), ou em Omagari, no Japão (Competição Nacional de Pirotecnia, em 2017).
Entre uma celebração religiosa ou mundana e outra, emergem algumas poucas histórias sobre as pessoas que promovem os espetáculos. É marcante, em especial, uma envolvendo um grave acidente. Fora isso, é um filme de extrema beleza visual, embora, com mais de 100 minutos, seja um pouco mais longo do que deveria ser.