Brodie Torrance é um piloto de uma companhia aérea que é mandado para fazer um voo na Ásia mesmo em condições meteorológicas arriscadas. A nave sofre avarias, mas ele consegue pousar com segurança numa ilha nas Filipinas. Enquanto espera resgate, descobre que o lugar foi tomado por um governo paramilitar e que sua vida, da tripulação e dos passageiros está em risco.
- Por Alysson Oliveira
- 23/01/2023
- Tempo de leitura 2 minutos
Alerta Máximo é um filme que parece ter vindo direto de um túnel do tempo do anos de 1980. Mas não é uma homenagem, nem uma sátira. Sua mentalidade está fincada naquela década, assim como sua visão de mundo. Poderia ser só mais um longa de ação descerebrado (e eventualmente divertido) protagonizado por Gerard Butler, mas escolheu ser ofensivo mesmo.
Butler, em passos largos, parece assumir aquele papel de homem comum numa situação extraordinária num filme de ação que Liam Neeson protagonizou nos últimos anos. Um filme com toda a cara de B, com orçamento e gosto duvidoso, poderia ser daqueles que vão direto para vídeo, para ficarmos na vibe anos 80.
O ator interpreta Brodie Torrance, um piloto de avião comercial, com história de violência, que tenta se reaproximar da filha adulta, de quem se afastou desde a morte da esposa. Na noite de Ano Novo, ele faz uma viagem à Ásia, num voo praticamente vazio. Entre as poucas pessoas, estão um assassino, Louis (Mike Colter), que está sendo extraditado, e o agente do FBI (Remi Adeleke) que o acompanha.
Uma forte tempestade destrói diversos elementos da aeronave, impossibilitando inclusive a comunicação. Numa manobra heroica, Torrance consegue pousar o avião numa pequena ilha, nas Filipinas, que, num primeiro momento, parece desabitada. Entre um procedimento e outro, na tentativa de contato e segurança dos passageiros e tripulação, descobre-se que não há governo no local, disputado por duas facções paramilitares.
É a chance de Butler bancar o herói diante de terroristas asiáticos com feições latinas típicos de filmes dos anos de 1980. Animalizados, eles só pensam em matar, matar e matar, ou pedir um resgate, se essas pessoas forem valiosas. O protagonista se alia, inesperadamente, ao assassino, cujo guardião morreu na queda do avião, para derrotar os inimigos e tentar contato com a empresa de aviação para salvar a todos.
Nos EUA, enquanto isso, a empresa contrata um especialista em crise (Tony Goldwyn) para lidar com a situação, acalmar a imprensa e os familiares dos passageiros e tentar entrar em contato com o piloto. Quando se descobre onde a aeronave está pousada, ele diz que só uma equipe de mercenários pode salvá-los, uma vez que inexiste governo local.
Alerta Máximo (um título genérico que nem sentido faz no filme) é dirigido pelo francês Jean-François Richet – que também fez os dois filmes de máfia Mesrine em seu país – que tem um problemão aqui: o longa parece tosco. Não que o avião ou as árvores da ilha sejam feitas de papelão, mas é quase. Poderia ser um filme divertido se não se levasse tanto a sério e tivesse uma mentalidade mais em sintonia com o presente.