Dez anos se passaram, e a família Lambert não é mais a mesma. Josh e Renai se separaram. Para tentar se aproximar do filho mais velho, ele o leva, numa viagem de carro, até a universidade, onde o jovem cursará artes. Porém, o rapaz descobre também ser capaz de se comunicar com os mortos. Para acabar com isso, precisa fechar uma certa Porta Vermelha.
- Por Alysson Oliveira
- 06/07/2023
- Tempo de leitura 2 minutos
Na estranha matemática das continuações, Sobrenatural – A porta vermelha, o 5o da franquia, em termos de trama, vem logo após o Sobrenatural – Capítulo 2, ignorando o 3o (A Origem) e o 4o (A última chave), por motivos óbvios, afinal se passam antes do filme original. De qualquer forma, o longa retoma os personagens da família Lambert, aterrorizados nos dois originais. Dez anos se passaram, a avó Lorraine (Barbara Hershey) morreu, seu filho, Josh (Patrick Wilson) se afastou da família depois de separar-se da mulher, Renai (Rose Byrne).
Acontece que o primogênito, Dalton (Ty Simpkins), está de mudança para a faculdade, e Josh resolve levar o filho de carro até o campus para que os dois se reaproximem. Depois dos eventos retratados no segundo filme, quando o patriarca surtou e quase matou a família toda, os filhos se afastaram do pai. O plano não dá muito certo, pois Josh continua a ter visões estranhas, o que o faz procurar um médico para fazer ressonância da cabeça, com receio de que seja algo apenas físico, e não espiritual. Quem dera.
Dalton, que, no primeiro filme, ficou um ano em coma, com o espírito num lugar chamado The Further, onde ficam os espíritos torturados. Mas ele desconhece esse fato, pensa que o coma era uma meningite. Agora, adulto e estudante de artes, começa a ter visões e novamente acaba indo e vindo para o outro lado da vida, onde uma das almas lhe sugere que deve fechar a porta. Mas que porta?
Wilson, além de protagonizar o filme, estreia na direção e segue à risca o que seus antecessores – James Wan, Adam Robitel, Leigh Whannell, este também autor dos roteiros dos quatro anteriores – fizeram. Não há muita novidade aqui. É mais do mesmo com alguma variação – talvez um pouco mais de diversidade do que nos anteriores ao dar protagonismo a Dalton, que é interpretado por Simpkins em todos os filmes.
Além disso, o segundo filho, Foster (Andrew Astor), finalmente também faz alguma coisa na história. Uma espécie de piada interna, nos dois primeiros, no qual a família aparece: o garoto simplesmente é esquecido, é como se não existisse. Além disso, o filme acrescenta ao elenco a israelense Hiam Abbas, como um professora de artes, e Sinclair Daniel, num dos melhores papeis do filme, como a nova amiga que Dalton faz na faculdade.
Com roteiro de Scott Teems, Sobrenatural – A Porta Vermelha pode não acrescentar muito à franquia, mas, ao menos, levanta um pouco a série que andava meio em baixa depois das duas prequels. Mas, a essa altura, é pouco provável que ainda tenha para onde ir – tudo vai depender das bilheterias desse aqui.