15/01/2025
Guerra Drama

Zona de risco

Uma força-tarefa é organizada para libertar um agente do FBI que se tornou refém de terroristas nas Filipinas. Porém, quando caem numa emboscada, contarão com a ajuda de um piloto de drone que, diretamente, dos EUA tentará salvar suas vidas.

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Com cara de um filme de Michael Bay sem orçamento e com dois irmãos Hemsworth no elenco, Liam e o menos conhecido de todos Luke, Zona de Risco é mais um filme para exaltar a meritocracia dos militares americanos que se arriscam pelo mundo todo levando democracia e salvando vidas – como se fosse assim. 

O elenco também inclui Russel Crowe como Reaper, um militar especialista em pilotar drones que irá acompanhar os irmãos Hemsworth e mais outros dois homens no meio selva para salvar um agente da CIA capturado por terroristas islâmicos. Kinney (Liam) é o novato que acompanha o líder Sugar (Milo Ventimiglia), e Abel (Luke) e Bishop (Ricky Whittle) na missão. 

Logo tudo dá errado, e Kinney fica sozinho contando apenas com o apoio de Reaper, que de sua cadeira na sala de controle em Las Vegas comanda o drone que não apenas tem a visão aérea para ajudar o soldado solitário, mas também dispara bombas e afins, quando não é interrompido por colegas com perguntas esdrúxulas. Ao seu lado, apenas a parceira no comando do drone, Nia (Chika Ikogwe).

Quando Kinney está sozinho, e precisa subir ao cume de uma montanha para ser regatado, uma vez que mata densa impede que o helicóptero se aproxime, o filme de William Eubank encontra alguns de seus bons momentos. E o caçula dos Hemsworth tem uma performance competente como o homem vulnerável e despreparado para uma situação da magnitude que enfrenta. 

Crowe, por sua vez, na maior parte do tempo sentado numa cadeira e olhando para a tela, é a força cerebral, por assim dizer, do filme. Além de tudo o que tem fazer com o drone, ainda precisa, a certa altura, dar ânimo a Kinney, que entra em desespero ao se sentir cada vez mais distante do seu resgate.

Mas Zona de Risco não se importa muito com as questões éticas ou morais dos conflitos contemporâneos, e mostra como tecnologia é eficiente, e quem tem o poder aquisitivo para a dominar estará em situação de vantagem. E, o pior, celebra essa meritocracia e também a individual. 

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