26/03/2025
Ficção científica

The moon: Sobrevivente

Cinco anos depois de uma missão fracassada à Lua, na qual morreram todos os tripulantes, um novo programa espacial sul-coreano tenta chegar ao satélite novamente. Mas um acidente deixa um dos tripulantes sozinho no espaço. Caberá a uma equipe na Terra tentar resgatá-lo.

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Distanciando-se da sagacidade, criatividade e esmero do cinema sul-coreano mais conhecido atualmente, The Moon: Sobrevivente é um filme derivativo e sem brilho, cujo maior atrativo é ser protagonizado por um astro de kpop que atende pelo nome de D.O. e pertence à banda Exo. Ou seja, é um filme para os e as fãs dele – e olhe lá.

Pela enésima vez, alguém está perdido no espaço e precisa de ajuda da equipe na Terra para voltar ao planeta. Absolutamente nada de novo na premissa, mas, enfim, poderia render algo em mãos mais hábeis do que as do diretor Kim Yong-hwa, que precisa de mais de duas horas para contar uma história sem graça, repleta de música e dramas que parecem saídos de doramas ruins. 

Longas como Gravidade, Apolo 13 ou mesmo Perdido em Marte lidaram com o tema de forma mais sagaz e visualmente mais interessante. Copiando o pior da cartilha hollywoodiana, Kim realiza um filme genérico que em nada lembra o cinema coreano conhecido por suas qualidades artísticas. 

Tudo começa com um programa espacial que fracassa na tentativa de chegar à Lua, em que toda tripulação morre. Cinco anos depois, novamente, pretende-se lançar um novo programa mesmo sem a aprovação da NASA – vista aqui como uma vilã que tenta impedir programas espaciais de outros países. Possivelmente, o único acerto do longa. 

A espaçonave da nova missão sofre danos, e os astronautas morrem tentando fazer os reparos. Sobra apenas Hwang (D.O.), um jovem fuzileiro naval sem experiência no espaço. Na Terra, Kim (Sul Kyung-gu), um dos responsáveis pela primeira missão desastrosa, é chamado para ajudar a trazer o rapaz de volta, com quem ele tem um laço próximo. O pai de Hwang trabalhou com Kim, e se matou envergonhado com o fracasso do programa. 

Aos poucos, o filme abandona a ficção científica e opta por tornar-se um drama choroso, talvez para disfarçar a falta de qualidade técnica e os visuais pouco elaborados. No mais, é enfadonho, com personagens mal elaborados e atuações à altura. 

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