25/04/2025
Thriller

No Limite do Silêncio

post-ex_7
O ator e diretor Tom McLoughlin, responsável por Sexta-feira 13 - Parte 6: Jason Vive (86), teve nem No Limite do Silêncio uma história que poderia render muito mais. Mas perdeu a oportunidade. O filme tem como questão central a perda de um filho por um psiquiatra famoso. Semelhanças com o italiano O Quarto do Filho, de Nanni Moretti (2001), param por aí.

Michael Hunter (Andy Garcia) é um profissional famoso, tem uma família aparentemente perfeita, mas é surpreendido pelo suicídio do filho caçula. À morte inexplicável segue-se a desestruturação da família e o conseqüente abandono da profissão por Hunter. Tempos depois, é convidado por uma ex-aluna, Barbara (Teri Polo), para dar um parecer sobre um complicadíssimo adolescente de quem a assistente social vem cuidando sem muito sucesso.

Atormentado pela culpa no fracasso de seu relacionamento com o filho, Hunter imagina estar em Tommy (Vincent Kartheiser) a chance de se redimir. Agarra-se ao caso e envolve-se emocionalmente com o paciente. Mas o adolescente é inteligente o suficiente para usar o médico como ponte para deixar o reformatório em que vive.

Obcecado pelos nebulosos sentimentos que o ligam a Tommy, o psiquiatra passa a viver no fio da navalha e, aos poucos, vai se distanciando da filha, Shelly (Linda Cardellini). Os fantasmas do dr. Hunter o levam a mergulhar cada vez mais fundo na história e, com isto, consegue descobrir as razões que levaram seu filho ao suicídio.

No Limite do Silêncio caminha bem até a metade da projeção. Apesar de certas ingenuidades do roteiro, o diretor consegue criar suspense suficiente para justificar a classificação do filme como thriller. Apesar do notório esforço de uma interpretação sem excessos de Andy Garcia, a história ganha ares melodramáticos na parte final, o que tira o brilho que havia de início.

Cineweb-23/8/2002

post