18/04/2025
Drama

Ouro negro

Em meados de 1910, o alemão José Gosch pesquisa a existência de petróleo em Alagoas. Quando se prepara para iniciar a perfuração de um poço, é assassinado. Poucos anos depois, seu filho e seu afilhado tentam retomar seu trabalho.

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Em tese, a história tem tudo para ser interessante. Recorda as pesquisas pioneiras de um médico alemão, José Gosch (Odilon Wagner) que, em meados de 1910, já sabia que o Brasil tinha grande potencial como produtor de petróleo. Trabalhando com o cunhado, Inocêncio (Daniel Dantas), numa pequena unidade de beneficiamento de xisto, em Alagoas, Bosch foi traído e misteriosamente assassinado, em 1918.

O filme de Isa Albuquerque (Histórias do Olhar) aproveita essa base verídica e ficcionaliza este que poderia ser um drama épico sobre um dos pioneiros do petróleo brasileiro. Mas a fragilidade do roteiro e da direção não permitem chegar lá.

Depois da morte de Gosh, seu filho Pedro (Thiago Fragoso) e o afilhado João Martins (Danton Mello), formados em engenharia, decidem retomar as pesquisas do morto. Não só vão novamente enfrentar traições e interferências de técnicos estrangeiros, interessados em não deixar o Brasil descobrir o próprio potencial petrolífero, como envolver-se em rocambolescas tramas amorosas.

João Martins vai ser objeto do amor de duas mulheres – aliás, personagens fictícias. São elas Luísa Gosch (Luiza Curvo), irmã do amigo Pedro, e Camila Camargo (Maria Ribeiro), esta uma mulher liberada, viúva de um aviador e que se torna amante de Martins.

Tudo somado, o filme nem dá conta de sua base histórica, nem cria personagens convincentes. Há diversas situações simplesmente risíveis.

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