Por isso, é de se esperar o melhor e o pior que o diretor da franquia Transformers oferece: excelentes efeitos especiais e cenas de ação, em meio a uma história que carece de substância. E em vez de ir direto à fonte (os quadrinhos), o roteiro traz uma mudança radical na formação dos personagens, com o objetivo de amarrar possíveis sequências.
No original, Leonardo, Michelangelo, Donatello e Raphael são quatro tartarugas que, por acidente, são expostas a um material radioativo. Crescem nos esgotos de Nova Yok, criadas por um rato mutante, o Splinter, que ensina a arte marcial ninjutsu e valores morais ao quarteto. Quando se tornam adolescentes, passam a lutar contra o crime, em especial, combater o vilão Destruidor e seu Clã do Pé, formado por ninjas.
Nesta nova versão, os personagens são mantidos, mas os heróis são produto de uma experiência genética promovida por Erick Sachs (William Fichtner) e o Dr. O'Neil (Paul Fitzgerald), cujo objetivo está nos planos do Destruidor (Tohoru Masamune). Após um incidente fatídico no laboratório, tanto o rato como as tartarugas são dados como mortos, mas vão parar nos esgotos, onde se tornam adolescentes e, então, vigilantes na luta contra o Clã do Pé.
Será a jornalista April O’Neil (Megan Fox) que, na busca por um furo, revelará a existência das tartarugas ninja a Erick Sachs, que finalmente poderá dar cabo aos planos do Destruidor. Resta à repórter, então, ajudar os heróis a enfrentar os problemas que causou.
Apesar da frouxidão da narrativa, abre-se uma boa brecha ao humor, com a participação especial de Will Arnett e Whoopi Goldberg. No caso dos heróis, Michelangelo (Noel Fisher, em captura de movimento) é definitivamente o alívio cômico, com suas constantes piadas sobre April (algumas bem sexuais), sendo o mais carismático dos quatro.