17/02/2025
Terror

A freira

Num convento na Romênia, uma freira cometeu suicídio. O Vaticano manda ao local, para investigar, um padre especializado em casos complexos (Demián Bichir) e uma noviça que ainda não fez seus votos definitivos (Taissa Farmiga). Os dois vão viver experiências apavorantes no local.

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Aguardado spin off de Invocação do Mal 2 (2016), o terror A Freira, de Corin Hardy, investe numa surrada mitologia em torno de conventos, cruzes e outros símbolos do catolicismo, numa história ambientada em 1952, na Romênia.
A trama começa com o suicídio de uma freira neste convento, o que provoca a convocação de um enviado do Vaticano, o padre Burke (Demián Bichir), exorcista e investigador de casos controversos, a noviça Irene (Taissa Farmiga), que experenciou, no passado, visões sobrenaturais.
 
A dupla chega à Romênia e logo procura Frenchie (Jonas Bloquet), rapaz que fazia as entregas de mantimentos ao convento e foi quem encontrou o cadáver da freira. Frenchie, que é um franco-canadense radicado naquele país, torna-se o terceiro integrante deste time inusual que vai procurar desvendar o mistério do convento amaldiçoado. O local está no centro de estranhas práticas de feitiçaria que, no passado, abriram ali uma porta do inferno que, fechada por muito tempo, foi reaberta e agora precisa de novo bloqueio. A chave de tudo está numa relíquia sagrada, contendo o sangue de Cristo.
 
Para desvendar todo o imbróglio, o trio terá que se aventurar nas dependências do convento, onde o padre e a noviça encontram uma estranha madre superiora (Bonnie Arons), que nunca abaixa o seu véu – é ela a maligna freira por trás de espantosos fenômenos a assombrar Burke, Irene e até Frenchie – este, recorrendo a armas estranhíssimas contra aparições, como uma escopeta. É este o tipo de humor negro a que recorre o roteiro de Gary Dauberman, experiente no gênero horror, mas que aqui está várias notas abaixo de seu trabalho em It: A Coisa (2017) – em que certamente contou a perícia do livro original de que partiu, assinado pelo mestre Stephen King. 
 
Um desequilíbrio gritante em A Freira é que as equipes de efeitos visuais, especiais e maquiagem parecem ter trabalhado muito mais e com mais afinco do que o roteirista e o diretor. Assim, o pouco que se salva numa história de sustos escassos e nenhuma surpresa são algumas cenas em que os efeitos sustentam as aparições da malévola freira de olhos de cobra e dentes de tubarão. 
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