13/12/2024
Aventura Ação

Quarteto Fantástico

O Quarteto Fantástico é formado por quatro jovens que se tele-transportam a um universo alternativo, onde adquirem poderes sobrenaturais e passam a defender a Terra.

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Mais uma vez o espectador se depara com a gênese do Quarteto Fantástico, heróis criados na década de 1960 por Stan Lee e Jack Kirby. Depois das malfadadas versões do diretor Tim Story (2005 e 2007), o grupo ganhou roupagem atual pelo supostamente problemático diretor Josh Trank (de Poder Sem Limites), mas deixa a essência nos HQs.

Acusado de destemperos durante as filmagens, o que lhe custou a perda da direção de Star Wars Anthology: Rogue One, derivado da série de George Lucas, o cineasta se amparou nos produtores, como Matthew Vaughn (de Kick-Ass), e no editor Stephen Rivkin (Avatar) para finalizar o filme, depois de trocas de roteiristas e incompatibilidade de gênios.

O resultado dessas farpas nos bastidores é um quarteto nada fantástico. A começar pela história, que se distancia dos quadrinhos, desde a infância do líder, Reed Richards (Miles Teller), ao uso militar dos personagens poderosos. Ainda, diminuem o papel do vilão, o Doutor Destino (Toby Kebbell), como alguém que pretende destruir a Terra por um mundo fictício.
 
No roteiro, finalizado por Simon Kinberg (de X-Men – Dias de um Futuro Esquecido), o professor Dr. Franklin Storm (Reg E. Cathey) busca alunos inteligentes. Um deles é o jovem Reed, que desperta a atenção do pesquisador, depois de conseguir enviar pequenos objetos para outra dimensão. Nada que Victor Von Doom (Kebell) e Sue Storm (Kate Mara) não fizessem antes.
 
O diferencial é que, com a ajuda de Ben (Jamie Bell), Reed consegue trazer os objetos de volta. Assim, eles criam uma máquina interdimensional, que será a razão de ser do grupo, incluindo Johnny Storm (Michael B. Jordan). De uma forma ou outra, os personagens serão afetados pela radiação dessa nova dimensão, primitiva, que dará poderes a todos, incluindo o vilão.
 
O fã do HQ pode reclamar, pois nada disso está na história original, em que uma radiação cósmica, no espaço, é a causa de tudo. Também pode reconhecer que, apesar da tentativa, o Quarteto Fantástico chega pouco maduro ao novo universo cinematográfico da Marvel, encabeçado pelos Vingadores.  

A produção, escura (o que influi na qualidade dos efeitos especiais) e com poucos momentos de tensão, se firma mais na marca (Marvel) do que pelo conteúdo, desperdiçando o talento dos protagonistas. Essa é a impressão que Josh Trank, que cancelou a versão 3D do filme por razões artísticas, deixou no filme.

Apesar das fofocas que dominaram os bastidores, o diretor poderia ter feito muito mais por esses heróis. Ou mesmo pela história, que serve apenas de pretexto para incluir os personagens em outras tramas, como X-Men, por exemplo.     


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