08/09/2024
Drama Animação

Meu amigo robô

Dog é um cachorro solitário que vive em Nova York. Cansado da solidão, compra um robô para ser seu amigo. Juntos eles fazem tudo e amam um ao outro. Mas algo inesperado coloca a amizade em risco. Nos cinemas.

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Vencedor do Festival de Annecy, especializado em animações, Meu amigo Robô é uma fábula melancólica sobre o desejo de conecção entre as pessoas – ou entre um cachorro antropomorfizado e seu robô de estimação. Dirigido pelo espanhol Pablo Berger, o filme parte da HQ homônima da americana Sara Varon e conta a história sem qualquer diálogo.

Embora não haja menção explícita do tempo, a trama claramente se passa na Nova York dos anos de 1980, habitada por animais com características humanas, como o cachorro chamado Dog. Ele vive sua vida matando tempo com videogame, mas sente-se solitário, até comprar um robô, que se torna seu melhor amigo. 

Eles fazem tudo juntos, até ganham certa fama ao dançar “September”, do Earth, Wind & Fire, no Central Park. Até que, após um dia na praia, Robô não consegue mais se mover, e uma série de complicações fazem com que ele passe o inverno todo deitado na areia, com direito a sonhos que transformariam seu destino.

Os caminhos que a narrativa toma são inusitados e inesperados, além de bastante melancólicos. Esse é um filme sobre o poder da amizade, mas também sobre os sacrifícios necessários em nome de preservar as pessoas que amamos. As escolhas do Robô e de Dog acabam sendo em nome de preservar a integridade de todos. 

Berger segue de maneira próxima a HQ de Varon, até mesmo nas escolhas estéticas, com desenhos com cores sólidas e traços até simples, mas vivendo numa Nova York bastante povoada pelos mais diversos tipos com sua gama de histórias, às quais o filme observa com carinho. 

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