O título já entrega todo o filme. Em A vingança de Cinderella, a famosa personagem dos contos de fada irá se vingar de todo mundo que lhe fez mal. O longa de Andy Edwards parte de um conceito banal, e desenvolve um filme abaixo do banal repleto de sangue e nada mais.
A trama começa como se conhece muito bem. Cinderella (Lauren Staerck), depois da morte de seu pai, é maltratada e explorada por sua madrasta (Stephanie Lodge) e as filhas dela, Josephine (Beatrice Fletcher) e Rachel (Megan Purvis), e impedida de ir ao baile, no qual o príncipe James (Darrell Griggs) escolherá sua esposa.
Com ajuda da Fada Madrinha (Natasha Henstridge, a pessoa mais famosa do elenco), ela passa por uma grande transformação com ajuda de um estilista chamado Tom Ford (William Marshall) e o cabeleireiro Vidal Sassoon (Mark Collier), e será conduzida ao castelo não numa carruagem, mas num Tesla pilotado por um tal de Elon Musk (Stephen Staley).
Enfim, acontece tudo aquilo que já sabemos, e no dia seguinte o príncipe manda um representante procurar a dona do sapatinho de cristal, por quem se apaixonou. A madrasta prede Cinderella, e a impede de experimentar o sapato e ter a chance de ser rainha. É aí que a Fada surge, novamente, e sugere à sua afilhada uma vingança sanguinolenta.
Claramente com orçamento e criatividade limitados A vingança de Cinderella é tosco, mas não de uma forma divertida. É tosco por que não tem produção e se leva a sério demais. Os efeitos são ruins, e as atuações sem graça. Tudo é bastante óbvio, e terminar o filme com uma cena softcore não era vem o que se esperava aqui. Surpreende, mas também causa risos de tão deslocado que é esse momento.
A moda dos filmes de terror inspirados em personagens e histórias que caíram no domínio público vieram para ficar. De Cinderella ao Ursinho Pooh todos eles se tornam figuras macabras e sedentas por sangue. A priori, talvez não fosse uma má ideia levar essas figuras para um lado sombrio, mas até agora, nenhum desses filmes justificou sua existência.