O primo pobre da franquia Jogos Mortais, Deep Web: O Show da Morte tem como assassinos um homem e uma mulher que se vestem de palhaços macabros, sequestram pessoas e transmitem na deep web (onde mais? ) a tortura e o assassinato dessas pessoas.
A mais nova vítima é uma jovem, cujo irmão, Ethan (Aiden Howard), tem um podcast de sucesso sobre true crime, no qual faz diversas críticas à ineficiência da polícia. Voltando à antiga cidade para o funeral da irmã, ele também reencontra a melhor amiga dela, Mandy (Lauren Jackson), com quem flerta, apesar das circunstâncias.
Escrito e dirigido pelo canadense Dan Zachary, que morreu pouco antes do lançamento do filme, em 2023, o longa é bastante previsível, mas isso não seria, a priori, exatamente, um problema, afinal, no cinema, importa-se mais como se conta uma história do que a história que é contada. Mas aqui nada se salva. Tudo muito óbvio, tudo muito escuro e com sustos baratos.
É impressionante como os personagens agem. A mãe do protagonista, sai para fazer compras no mercado, horas depois de enterrar a filha que foi brutalmente assassinada. Já Mandy trabalha para uma estilista grosseira que vive abusando dela, e obrigando-a a fazer horas extras. Sozinha no ateliê, é atacada pelo casal de maníacos.
Os caminhos tomados em Deep Web: O Show da Morte não surpreendem, nem impressionam. Sensacionalista por natureza, o longa quer ser um comentário sobre a banalização da violência e o aumento do consumo de conteúdos de true crime – de séries a podcast e afins – mas são assuntos sérios e complexos demais que o filme não consegue acessar, ficando mesmo apenas na sanguinolência e num final risível.