Ao atingir seu quarto exemplar, a franquia Meu Malvado Favorito deixa um pergunta: como uma série de filmes tão sem graça e sem muitos atrativos conseguiu chegar tão longe? Numa era em que o cinema de animação produz coisas como Divertida Mente, como algo tão insosso ,que parece um desenho de televisão de 10 minutos que foi expandido sem necessidade, consegue existir?
Dirigido por Chris Renaud e Patrick Delage, o filme segue a toada dos mais recentes com um amontoado de cenas que, juntas, mal fazem um conjunto. Não há cola narrativa, e elementos que poderiam ser explorados mal existem no longa. Gru, que faz parte de uma liga antivilões precisa, com sua família, entrar num programa de proteção à testemunha, depois de mandar prender um antigo rival, que fugiu da cadeia e promete acabar com ele sua família.
Gru, sua mulher, suas três filhas e seu bebê precisam deixar a casa onde moram com os minions, e se mudar, levando apenas três dessas criaturinhas amarelas. As demais serão absorvidas pelo quartel da liga, que os usará em experiências, transformando cinco deles em criaturas super-poderosas.
O vilão não poderia ser mais kafkiano. Maxime Le Mal desenvolve um equipamento que o transforma em metade homem e metade barata, que é de onde vem seus poderes para destruir Gru. Este, enquanto isso, tenta se enturmar no novo bairro rico, e começa a ser chantageado pela pequena Poppy, filha do vizinho que quer tornar-se uma grande vilã como ele. A essa altura, não será de se estranhar se ela vier a ganhar seu próprio filme. Outro conflito envolve o caçula de Gru, que não gosta muito do pai.
O colorido é vibrante e os minions, como sempre, devem agradar às crianças com seu palavreado incompreensível, seus arrotos e flatulência, embora sejam completamente dispensáveis. Mas o filme parecer querer também agradar aos adultos, e aí fica forçado com sua história de família e redenção